Banzé

Banze

Descrição

Porte pequenininho, 3 a 4 anos (finais de Setembro de 2006), pêlo castanho e felpudinho, muito meigo e querido, divertido, adora estar no sofá, de preferência com a sua companheira Violeta, nessa altura fica mesmo muito calminho. Pai da Estrelinha. Desparasitado interna e externamente. Vacinado.

História

Como todas as outras histórias em que a maldade humana ultrapassa tudo e todos, também esta história nos levou às lágrimas e fez-nos ficar com uma dor profunda. Infelizmente desta vez não nos cruzámos a tempo para salvar um dos bebés desta família.

No dia 22 de Setembro, seguíamos nós rumo ao Refúgio, quando vimos no meio da estrada um bebezinho e 2 adultos... Apressámo-nos a dar a volta e ir ver a situação.

Era um sítio completamente propício a um atropelamento, dada a velocidade a que passam os carros e pela falta de visibilidade. Quando demos a volta e parámos no mesmo local apenas um dos adultos lá estava (o Pai Banzé). Procurámos, chamámos, até que apareceu um senhor. Já estávamos mesmo à procura de alguém com quem falar porque os meninos podiam ter alguém responsável... uma pessoa muito inconsciente que os deixava vir para a rua assim e que também deveria ser chamado à atenção... mas claro que a hipótese era muito remota. O senhor veio então dizer-nos que ali volta e meia abandonam animais que acabam atropelados ou muito mal tratados porque as pessoas são muito más e odeiam animais.

Esta família tinha sido acabada de abandonar na noite de 21 de Setembro de 2006. Foi então que soubemos que havia mais um bebé... que foi submetido a um acto bárbaro, de tremenda crueldade e feita por verdadeiros monstros (palavra muito bem utilizado por uma pessoa que nos escreveu no livro de visitas)! São autênticos monstros este tipo de pessoas. Estas coisas devem ser ditas, não devem NUNCA serem omitidas nem esquecidas, por mais que choque. O maninho da Estrelinha foi atirado para o camião do lixo por pessoas que moravam nessa rua onde encontrámos a restante família! Sem ter tido a oportunidade de mais nada... com apenas dois mesinhos, este menino morreu de uma das formas mais cruéis que se possa imaginar... A esposa deste senhor assistiu e estava horrificada, e a agradecer por tudo termos aparecido. É a tal situação... chocam-se, mas nada fizeram e nem denunciaram essa pessoa.

Mostraram-nos os 3 cães deles, a mais recente encontrada também ali na rua em muito mau estado e que fora atropelada 3 vezes ali sem nunca se magoar muito. Ao 3.º atropelamento este casal decidiu adoptá-la. Contudo, para estes nada puderam fazer.

Pegámos na bebé e claro que não pudemos deixar para trás aquela mãe e aquele pai... veio a família toda embora daquele sítio horrível e nojento.

Tudo isto aconteceu no início de tarde do dia 22 de Setembro de 2006. Chegaram ao Refúgio a meio da tarde e, apesar de já sabermos e termos agido pelo coração, já estamos a esticar a corda no que diz respeito a barulho... barulho este que incomoda vizinhos. Temos medo de estar a pôr em causa toda a continuação deste trabalho.

Mas não podíamos pegar num e deixar os outros. Não podíamos condená-los dessa forma.. não depois de sabermos o que se passou e o que vimos que se ia passar (os carros passavam a grande velocidade constantemente sem abrandarem a marcha mesmo vendo algo na estrada). Era uma questão de horas para acontecer uma desgraça.

Contamos com a ajuda de todos para arranjarmos uma boa família para também estes novos residentes. São uns amores, muito bem comportados. O pai Banzé e a mãe Violeta dão-se realmente muito bem os dois. Adoram enroscar-se os dois no sofá. A bebezinha Estrelinha é simplesmente um amorzinho. Muito bem comportada, não chora, não gane, é simplesmente um docinho.

Apesar de termos esticado a corda por completo, sentimos um enorme alívio de estes 3 pequeninos estarem a salvo da maldade humana e de todo o perigo da rua.

Adopção

No dia 16 de Dezembro de 2006, o nosso pequenino "leãozinho" foi finalmente adoptado. E tão bem que ele ficou... Vai ter muito espaço para brincar, muito conforto para descansar, dois amigos caninos e, claro uma família humana à maneira. Muito obrigada à RoseMarie Marinho e família por esta oportunidade ao lindo Banzé. Adeus, pequenino, que sejas muito feliz!

Banze

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